Muito mais do que uma entidade cultural, a Cinemateca Catarinense ABD/SC é um símbolo de resistência, memória e representatividade do audiovisual em Santa Catarina. Criada para pensar, produzir e preservar o cinema feito em Santa Catarina, a instituição tornou-se, ao longo dos anos, a principal referência do setor no Estado.

Reconhecida como entidade de utilidade pública municipal e citada na Constituição do Estado de Santa Catarina como uma das instituições culturais merecedoras de apoio técnico e financeiro, a Cinemateca Catarinense atua em diferentes frentes: 

• formação

• pesquisa

• produção 

• difusão

• preservação audiovisual

Junto à Cinemateca Catarinense está a Associação Brasileira de Documentaristas (ABD), uma associação de cineastas do Brasil, fundada em 11 de setembro de 1973, que tem entre seus objetivos matriciais o estudo, planejamento, programação de realizações como mostras, exibições, festivais que divulguem e incentivem trabalhos de curta metragem e a criação de cursos, palestras destinadas ao aperfeiçoamento de novas técnicas de realização cinematográfica, além de atividades correlatas e complementares.

Além disso, a entidade é responsável por importantes iniciativas que marcaram a história do cinema catarinense — como a criação do Edital Prêmio Catarinense de Cinema (que até 2012 levava o nome da entidade  ''prêmio cinemateca catarinense”) em parceria com a Fundação Catarinense de Cultura, e a realização do maior programa de qualificação profissional do setor no Estado, o "Qualifica SC Cine".

Prestes a completar 39 anos de atuação, a entidade segue sendo um espaço de resistência e construção coletiva para quem acredita no poder do cinema produzido em Santa Catarina.

É essencial reforçar que, para continuar cumprindo seu papel de assegurar uma produção audiovisual de qualidade, as pessoas que formam a entidade têm extrema importância. Tanto a diretoria, formada por profissionais que atuam de forma voluntária, quanto as pessoas associadas à Cinemateca Catarinense são quem garantem, atualmente, o mínimo de respaldo, sustentabilidade e representação em questões do audiovisual que envolve, diretamente, o trabalho de muitos profissionais do setor. 

Assim, fica aqui, também, o convite para que, caso você não seja uma pessoa associada à Cinemateca Catarinense, associe-se e participe ativamente das ações da entidade. Entre em contato pelo e-mail cinemateca.catarinense@gmail.com.    

Tudo começou em 19 de maio de 1986, quando um grupo de jovens apaixonados por cinema decidiu criar um espaço dedicado a pensar, fazer e preservar o audiovisual catarinense. Nascia ali a Cinemateca Catarinense ABD/SC — uma das associações mais antigas do Brasil ainda em atividade no setor.

Sua fundação marcou a retomada da produção cinematográfica em Santa Catarina, dando continuidade ao movimento iniciado décadas antes por Armando Carreirão, diretor do primeiro longa-metragem produzido no Estado, "O Preço da Ilusão" (1957).

Desde o início, o desejo dos fundadores era claro: fortalecer o cinema catarinense em todas as suas etapas — da pesquisa e formação à produção e preservação dos filmes. A história da Cinemateca também se cruza com a criação de outras instituições importantes, como:

• o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC)

• o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Audiovisual (Sintracine) 

• o Sindicato da Indústria Audiovisual de Santa Catarina (Santacine)

Ao longo dos anos, a Cinemateca Catarinense ampliou sua atuação e influência. Participou de eventos nacionais, promoveu políticas públicas de fomento, recuperou acervos históricos e se manteve como um espaço fundamental para a cultura audiovisual do Estado.

Atualmente, ao olhar para sua trajetória, fica evidente que a Cinemateca não é apenas um capítulo da história do cinema catarinense. Ela é parte essencial dessa história.

Os profissionais do setor que a mantêm dedicam-se a garantir o desejo que os fundadores deixaram muito expresso na ata de fundação: promover a pesquisa, produção, formação, difusão e preservação de filmes em Santa Catarina.